Cadeira 70 - Sete

 
 
O Dr. Venâncio lendo a biografia de um dos patronos da AELA/MS.
Cadeira 70 - Sete, o primeiro repovoador da terra
Sete está listado na Bíblia Sagrada como o terceiro filho de Adão e Eva. O primogênito foi Caim, que matou seu irmão caçula Abel (Gênesis 4.1-8 ). Daí recaiu sobre Sete a incumbência de dar prosseguimento à linhagem que resultaria no nascimento de Jesus Cristo, o Messias (Mateus 1.1-17). Em hebraico, o termo “Sete” significa “Designado”. Em aramaico tem o significado de “Posto” ou “Colocado”.
Sete nasceu quando Adão tinha 130 anos de idade, e recebeu esse nome de sua mãe Eva. Ela o batizou com esse nome por que entendeu que ele vinha para substituir Abel, que fora vítima de seu irmão Caim (Gênesis 4.25). E Sete veio a ser pai de Enos aos 105 anos de idade. Depois de viver mais 807 anos, tendo gerado vários filhos e filhas, Enos veio a morrer aos 912 anos de idade (Gênesis 5.6-9). É interessante observar a longevidade dos homens pré-diluvianos. Isso se deve ao fato deles ainda gozarem dos efeitos da árvore da vida, à qual Adão e Eva tiveram acesso direto quando estavam no Jardim do Éden. Era o consumo da árvore da vida que permitia ao ser humano viver eternamente. Portanto, se Deus não tivesse expulsado o primeiro casal de onde estava a árvore da vida, este viveria eternamente, em pecado. E transmitiria eternamente o pecado aos seus descendentes (Gênesis 3.22-24).
O Jardim do Éden foi o mais célebre de todos os jardins mencionados na Bíblia Sagrada e na História da Humanidade. Nele Deus havia feito brotar todos os tipos de frutos comestíveis, incluindo a árvore da vida (que concedia a eternidade a quem comesse do seu fruto) e a árvore da ciência (conhecimento do bem e do mal), o fruto proibido por Deus (Gênesis 2.8,9). Localizava-se no Hemisfério Oriental. Era regado por quatro rios: Pisom, Giom, Tigre e Eufrates (Gênesis 2.8-14). Ao expulsar o primeiro casal, Deus ordenou a dois serafins que guardassem a entrada do Jardim do Éden, para que ninguém mais tivesse acesso a ele (Gênesis 3.24).
Quanto a Enos, o primogênito de Sete, tinha 90 anos quando se tornou pai de Quenã, e viveu mais 815 anos depois disso, gerou outros filhos e filhas, vindo a morrer aos 905 nos de idade. Em hebraico, o termo “Enos” significa “Homem Mortal”. Foi através dele que prosseguiu a linhagem que chegaria ao Messias (Gênesis 5.6-11; 1º Crônicas 1.1; Lucas 3.38). Quenã gerou seu primogênito (Maalalel) aos 70  anos. Depois disso teve outros filhos e filhas, viveu mais 840 nos, e morreu aos 910 anos.  Palavra “Quenã” em hebraico significa “Produzir”, e em aramaico significa “Adquirir ou Comprar (Gênesis 5.12-14).
Maalalel (primogênito de Quenã) tinha 65 anos quando gerou o seu primogênito (Jarede). Viveu mais 830 anos, gerou outros filhos e filhas e veio a morrer aos 895 anos. Jarede (primogênito de Maalelal) gerou seu primeiro filho aos 162 anos (Enoque). Viveu mais 830 anos, gerou outros filhos e filhas, vindo a morrer aos 895.  Enoque (primogênito Jarede) gerou seu primeiro filho aos 162 anos. Viveu mais 800 anos, gerou mais filhos e filhas, e morreu aos 962 anos de idade. Enoque foi pai de Matusalém (também conhecido como Matuselá) aos 65 anos. Viveu mais 30 anos e gerou mais filhos e filhas. Foi arrebatado aos Céus aos 365 anos de idade (não tendo passado pela morte física). Tornou-se conhecido pela sua comunhão com Deus e foi primeiro arrebatado da face da terra (Gênesis 5.15-24).
Matusalém foi o homem que mais viveu na face da terra. Ele chegou à idade de 969 anos. Gerou seu primogênito aos 187 anos (Lameque), viveu mais 782 anos, e teve vários outros filhos e filhas. Lameque (primogênito de Matusalém) gerou seu primeiro filho (Noé) aos 182 anos. Viveu mais 595 anos depois disso, gerou filhos e filhas, e morreu aos 777 anos de idade. Coube ao seu filho Noé participar do Dilúvio, gerar os filhos Sem, Cão e Jafé, e tornar-se o segundo repovoador da terra (Gênesis 5.25-32).
Do patriarca Sem ao patriarca Noé foram nove gerações. Dez se contarmos com o próprio Adão, geração direta de Deus. Do Jardim do Éden até o Dilúvio passaram-se 1.656 anos (Gênesis 5.1-32).  A geração messiânica de Noé teve prosseguimento através de seu filho Sem. De Sem ao patriarca Abraão foram mais dez gerações: Sem, Arfaxade, Salá, Éber, Pelegue, Reú, Serugue, Naor, Tera e Abraão (Gênesis 11.10-32). De Abrão até Jesus Cristo foram mais 42 gerações. Do Dilúvio até o nascimento de Cristo passaram-se  2.348 anos (Mateus 1.1-17). Assim, Jesus nasceu no ano 4.004, quando teve início a contagem da Era Cristã (EC) ou “Ano Domini” (AD). É interessante observar que houve uma confusão no início da contagem da Era Cristã, o que resultou na inexistência do ANO ZERO. Tanto é que Cristo foi crucificado no ano 32 AD, com 33 anos de idade. De Adão ( 1º homem da terra) a Jesus Cristo (o Messias) houve 62 gerações.

Dr. Venâncio Josiel dos Santos - Presidente da AELA/MS